quarta-feira, 12 de setembro de 2012

O tatu e a cultura brasileira

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A excelente escolha do tatu-bola como mascote da Copa 2014 me fez lembrar de um fato recente no mercado de jogos de tabuleiro.

Em 2009, na Ludus Luderia, participei de um playtest de um jogo de Sérgio Halaban e André Zatz. Era leve e divertido: tínhamos que pegar tatus. O tema do protótipo era interessante e incluía outros elementos do folclore e da terra brasileira.

Fui surpreendido tempos depois com o lançamento do jogo Pega o pinguim, pela Game Office. Era o mesmo jogo que, segundo os autores, a empresa resolveu retematizar antes de lançar.

Achei decepcionante. O que havia de errado com os tatus? Creio até que chamariam mais a atenção, pois já existe um monte de jogos sobre pinguins.

A organização da Copa, o que inclui representantes brasileiros e estrangeiros da FIFA, foi muito feliz na escolha de um animal extremamente identificado com o Brasil e que, por sua curiosa e notável característica principal, é perfeito para representar o esporte da bola.

Felizmente, não tiveram a sensaboria de replicar a decisão do jogo; não se submeteram à pressão do “óbvio” que seria o papagaio (por causa do Zé Carioca) nem se arriscaram a se comprometer com a avezinha do PSDB.

Às vezes, parece que é lá fora que se pensa mais e se valoriza melhor a nossa própria cultura.

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