segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Imperial


Uma partida bacana de Imperial hoje, com (na foto) Maurício Navate de óculos na frente, Marcelo à esquerda, Maurício Torselli de camiseta marrom, eu de amarelo e o Nani quase desaparecido. Como jogamos com regras erradas, o Marcelo acabou ganhando. :-)

O livreto de regras do Imperial é dos piores que já vi, embaralhando variantes e omitindo respostas fundamentais. Não à toa já vi interpretações bem variadas de diversos itens.

Isso até que o faq (que acabei de baixar) resolve. O problema é escolher entre as formas de jogar que são permitidas. Para "piorar", o cara ainda me lança o Imperial 2030 com algumas novas regrinhas, inclusive uma que o Mauricio Torselli está querendo importar para este.

O jogo é fantástico, mas essas escolhas de variantes precisam ser bem feitas.

A primeira é sobre a forma inicial de distribuir títulos das nações. Nosso grupo já joga com a variante considerada avançada, em que todos têm a chance de comprar algum título de cada nação no início da partida. É boa e acho que não preciso fazer nenhum comentário.

A coisa pega na questão da carta de investidor. Hoje jogamos com. Mas já havia lido tópicos e pensado sobre o assunto, e tenho cada vez mais certeza de que o ideal é jogar sem. Vejamos por quê.

O aspecto menos importante é a queixa de que tornaria o jogo mais lento. Mas é provável que acrescente no máximo alguns poucos minutos. Para um jogo de, digamos, 120 minutos, não é nenhum terror chegar a 135, se o benefício for tão alto, como é o caso.

O problema é que o jogo, naturalmente, deixa o jogador à mercê de certos acontecimentos. Faz parte da vitalidade de Imperial a mudança de mãos das bandeiras, mas isso, com a carta de investidor, atrapalha muito mais a estratégia. A carta de investidor, ao mesmo tempo em que inunda o jogo de dinheiro, tornando as mudanças mais frequentes e talvez caóticas, faz com que o jogador tenha menos chances de se restabelecer ou de se programar para se restabelecer. Muitas vezes você é obrigado a fazer uma compra de título não muito boa porque a oportunidade é agora e pode demorar para você ter nova chance de comprar.

Num jogo já extremamente aberto, é interessante deixar esse controle na mão do jogador. Está claro que é muito importante o "timing" para comprar na hora certa os títulos disponíveis, e a carta de investidor justamente acaba amarrando os jogadores e impedindo que esse timing seja exercido com a maior precisão possível.

O próprio autor não se posiciona claramente sobre qual variante deva ser preferida, mas deixa sugerido que a vantagem de jogar com a carta de investidor é facilitar a entrada dos novatos.

Uma coisa que precisa ser levada em conta é que Imperial é um jogo para 2 a 6 pessoas, e jogar com carta de investidor se torna pior conforme aumenta o número de pessoas na mesa. Com 3 pessoas, a carta de investidor é um problema significativamente menor do que descrevi. Afinal cada jogador controlará sempre um certo número de países e poderá forçar o andamento da carta, que por motivos óbvios voltará para ele muito mais rapidamente do que numa partida com 5 pessoas.

Mais coisas podem ser ditas sobre o assunto, mas passemos ao próximo item.

O Imperial 2030 inventou o Banco da Suíça, mas devo discordar do Mauricio Torselli: não vale a pena importar essa regra. Ela existia desde 2007 como variante para o Imperial, publicada pelo próprio autor, mas ela é particularmente desnecessária no caso de não se usar a carta de investidor.

Uma pequena novidade que achei interessante no 2030 é que, para andar casas extras no rondel, o valor por casa varia de acordo com a pontuação atual da nação. Certamente isso foi feito para desencorajar quem queira acabar o jogo logo. Para andar uma casa extra com uma nação que esteja com fator 3, é preciso desembolsar 4 milhões, um valor considerável.

RESUMO - Minha proposta

1) Os títulos das nações são compradas uma a uma no início do jogo.

2) Jogar sem a carta de investidor em partidas com 4 ou 5 jogadores. (Havendo menos de 4 pessoas, jogar outra coisa!)

3) O custo da casa extra no rondel é igual a 1+fator de pontuação da nação.